Rejane Pasqualotto, acadêmica de jornalismo, VII nível
Há alguns dias acompanhamos, no Brasil, uma situação muito comum em países extremistas. Geysi Arruda teve que sair escoltada pela Brigada Militar da faculdade em que estuda, após ter ido à aula com uma minissaia. Colegas da estudante se revoltaram contra ela por causa de sua vestimenta. A primeira reação da justiça foi proibir que Geysi freqüentasse a faculdade, temendo que os colegas “terminassem o trabalho”. Mas, dias depois o advogado da garota conseguiu uma liminar que autorizou que a garota freqüentasse normalmente as salas de aula, e depois disso a decisão de continuar em casa foi dela, alegando medo.
Em meio ao tumulto muitas pessoas expressaram diversas opiniões diferentes. Muitas pessoas estão contra a estudante, porém muitas outras estão contra a atitude violenta e incontrolável dos demais estudantes da instituição.
Eu construí duas opiniões a esse respeito. O Brasil é o país do carnaval, do futebol, da cerveja e da mulher nua. Por aqui já não é mais um absurdo tão grande ver pelas ruas mulheres semi-nuas em um dia de calor nem, tampouco, homens e homens, como mulheres e mulheres aos beijos em plena praça pública. Considerando esses detalhes é um absurdo a reação dos estudantes, que poderiam ter apenas caçoado, feito piadinhas, mas a atitude rebelde e violenta realmente me parece extremamente inadequada.
Outro fato a ser considerado é a reação da própria acadêmica, que talvez quisesse chamar a atenção. Ficar famosa ela conseguiu. Com participação especial no Casseta e Planeta desta semana, inclusive. Todo mundo fala da vida dela, e ela não parece estar muito triste com isso. E mais uma vez os meios de comunicação estão aí, mostrando o que o “povo” gostar de ver.
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