Cassiane Seben*
Dados revelados pelo Ibope, devido a uma pesquisa encomendada pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), apontam que o Brasil tem 16,5 milhões de doentes mentais que precisão de internações e 20 milhões com doenças mais leves. E desses 16,5 milhões, 1,3 milhão dos brasileiros que sofrem de transtornos mentais graves não têm acesso a tratamento médico adequado.
(imagem: radialistapaulosilva.blogspot.com) |
Enquanto a política pública não encarar as doenças mentais, de fato, como doenças, continuaremos vendo no Brasil casos como a chacina de Realengo que chocou o Brasil inteiro em abril deste ano. No episódio, 12 crianças morreram dentro de uma Escola no rio de Janeiro, quando um ex-aluno entrou no colégio e disparou contra os estudantes. Depois da divulgação das cartas deixadas pelo assassino, muitos especialistas apontaram evidências de transtorno mental.
O que acontece é que os transtornos mentais sejam eles de humor, como depressão, distúrbio bipolar, distúrbios de ansiedade (fobias, pânico, compulsão), esquizofrenia, anorexia nervosa e bulimia devem sim ser diagnosticados como doença e serem tratados.
O fato é que a população de acordar para isso, pois comportamento problemático, sem causa aparente pode ser resultado de uma doença emocional e não uma falha de caráter, como por exemplo: agressividade, a tristeza excessiva, a preocupação exagerada, a falta de confiança nos outros, o egoísmo e avareza, o abandono e dependência, o fraco controlo emocional e a hipocondria.
O ideal estar atento com o seu familiar, amigo, vizinho, aluno, pois, são doenças cada vez mais comuns, podendo ser de origem biológica, psicológica ou social, e devem ser encaradas como tal. E para isso os governos devem encarar a realidade, o caso do massacre de Realengo é só um, existem tantos outros que acontecem na nossa frente todos os dias.
*Cassiane Seben é aluna do curso de Jornalismo da UPF, VII nível.
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