sexta-feira, 24 de junho de 2011

Uma luz no fim do túnel

 Francine Tiecher*

Foto Divulgação
Nos três primeiros artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos fica assegurado a qualquer indivíduo o direito à vida, à liberdade e à igualdade sem distinção por qualquer condição que seja.
Não é preciso ir muito longe para saber que o direito à vida e á condição familiar é assegurado por lei. Assim, todo e qualquer membro de uma sociedade civil, tem direito a ter uma família, a ter sua vida preservada e a ter condições dignas de sobrevivência.

Muitos nascem sem ter um lar, abandonados à mercê de um mundo cruel e egoísta. Outros tantos nascem sem poder ter a chance de construir um lar, de formar uma família, de perpetuar a espécie. E é através desse círculo que nasce a adoção, o maior gesto de amor e carinho que alguém pode dar e receber.
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No Brasil, atualmente, existem mais de 27.000 pretendentes á adoção. Uma média que chega a quase 6 famílias para cada criança que não possui um lar ou sequer uma família. Assim, crianças abandonadas crescem em lares e abrigos para menores, sonhando com um dia poder ter alguém para chamar de pai e mãe.
Só que alguns dos problemas para a dificuldade em adotar e ser adotado está na burocracia, faixa etária, cor e sexo das crianças, além da falta de vínculo afetivo entre as partes.

Como sabemos, o Brasil é um país com uma diversidade cultural muito grande. Juntamente com isso, a mescla de raças e características são inúmeras. Só que infelizmente, não sabemos lidar com isso, e na maioria das vezes somos tomados pelo preconceito. Aumentam o número de pais que querem adotar, mas em contrapartida os mesmos fazem restrições ao “tipo” de filhos que querem ter em suas casas.

Quem nasce e cresce em sua família de origem, não imagina o tamanho do drama enfrentado, dia após dia, pelas crianças que passam a vida toda sonhando com um lar, que pode nunca chegar a existir.

A única solução para que a situação da adoção no Brasil venha a melhorar, é a transformação da cabeça, da mentalidade e da maneira de pensar das pessoas que adotam. Se as pessoas forem mais humanas e deixarem o orgulho e o preconceito de lado, muitas crianças terão um final feliz.

E não só as crianças poderão ter uma família, mais os casais terão uma oportunidade de reconhecerem e sentirem a magia da paternidade.

Essa é a esperança. Saber que ao chegar em casa depois de um dia na escola, a criança vai encontrar uma cama para dormir, um abraço para ganhar, vai encontrar amor, carinho e acima de tudo, segurança.


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*Acadêmica do VII nível de jornalismo on-line
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