Raquel Tramontini, acadêmica de Jornalismo, VII nível.
O tempo urge, e a história da humanidade com ele. Do século III a.C ao século XXI d.C passamos dos primeiros manuscritos à tecnologia digital. As evoluções acompanham o desenvolvimento da história humana e com isso as mudanças de costumes, de rotina, de hábitos e de valores.
Um exemplo clássico desta evolução e mudança de comportamento são os relacionamentos interpessoais, o que antes era “cara a cara” agora pode ser mediado pela tecnologia. Para algumas pessoas um processo adaptável, para outras nem tanto assim. Invasão de conteúdos privados, acesso a informações confidenciais, exposição do que alguém faz ou deixa de fazer, os lugares que freqüentou, os amigos que se tem, quem você realmente é, ou a pessoa que os outros precisam saber que você é. Assunto abordado no filme "A Rede Social", uma produção lançada no ano de 2010 e que traz a tona uma discussão que parece não ter fim.
(Mark Zuckerberg) |
No filme – e também na vida real – Mark Zuckerberg um estudante da Universidade de Harvard, levava uma vida badalada pela falta de jeito com as garotas e tinha poucos amigos, até brilhar em sua mente uma ideia que mudaria toda uma geração. Em 2003 junto com seu colega Eduardo Saverin, um brasileiro, dão inicio ao projeto que resultou na atual rede social Facebook. Um acaso, uma cópia ou uma invenção?
Isso bem ao certo não se sabe, o que fica claro no filme – que é uma realidade e não permite regredir, só a evoluir – é que vivemos em uma geração que vem mudando o modo de pensar e de agir. Na virada do milênio a Internet despontou em uma velocidade colossal e passaram a surgir oportunidades num piscar de olhos: o estreitamento das distâncias e das fronteiras, a possibilidade de estar ligado com alguém em qualquer parte do mundo e a facilidade de se manter informado.
No filme é possível viajar em um universo que discute e explora a insociabilidade, a solidão e a falta de interações sociais reais. E são justamente essas as questões atuais do século XXI – onde milhares de pessoas passam horas em frente a um computador e preferem as relações virtuais às relações interpessoais presenciais – que de certa forma, preocupam.
Algumas cenas no filme, como as constantes sequências na mesa de conciliação com advogados, réu e reclamantes servem para pensarmos na imensa teia cheia de impurezas como traição, inveja, megalomania e ódio. Porque queira ou não, a verdade é que essas ferramentas são uma das essências da rede social. Um filme sobre a complexidade do ser humano, sobre como este pode ser ao mesmo tempo inocente, calculista, indiferente e apaixonado.
Definitivamente, ao meio deste turbilhão,
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