quarta-feira, 8 de junho de 2011

A caixa de Pandora Moderna

*Gabriela Goulart, acadêmica do VII nível do Jornalismo




As redes sociais portam hoje todos os males da sociedade, mas, assim como Pandora, um mal belo. Tanto Pandora quanto as redes possuem todos os dons bons ou maus. Conhecida como ciência social por Barnes (1954) as redes sociais trazem grupos bem definidos como tribos, famílias, grupo étnico, político, enfim, tem características centradas em seus atributos. O termo e a idéia de rede social não é novo, é usado há mais de um século para definir membros de um sistema social.

Conforme as análises sobre Pandora mais utilizadas por historiadores, como Hesíodo, ela não é só a fonte do mal, ela é também a fonte da força, da dignidade e da beleza. Dons estes, concedidos pelos Deuses Gregos com exceção de Zeus que lhe entregou apenas uma caixa. A caixa que continha o vício, as pragas, as doenças e a senilidade e em contragosto a esperança. Este outro olhar sobre a caixa de pandora também pode ser reaproveitado para as redes, afinal, as redes nos trazem amigos perdidos com o tempo, novas amizades, informações profissionais e conteúdo alternativo. Não é somente uma exposição de informações pessoais, há interação efetiva.

É esta realidade que é retratada no filme “Rede Social” do diretor David Fincher e que teve oito indicações ao Oscar, incluindo o de melhor filme. O filme ilustra o testemunho sobre a origem de uma idéia que reinventou a interação da sociedade e, em contrapartida, acabou com a amizade entre seus criadores. O berço do Facebook, naturalmente, brota de um momento de raiva por um amor não correspondido, ganhando espaço em Harvard e em seguida se expandindo para o mundo.

Como não poderia deixar de ser, no mundo rápido e moderno em que vivemos, o “Face” é filho de pais separados por influências externas. Trata-se do fim da amizade entre Eduardo Saverin (brasileiro) e Mark Zuckerberg (americano). Apesar desta discórdia entre os criadores e de ser um grande destruidor de relacionamentos, o Facebook encurtou o espaço da comunicação instantânea, otimizou o tempo, rompeu barreiras, integrou espaços, priorizou privacidade intensiva e por renovar estas etapas da comunicação via web deixou as outras redes para trás crescendo 257% no último ano contra 31,2% do Orkut conforme informações do site da revista Veja do mês de março.

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