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Bruna Z. Zolet
Já não bastava não termos lei de imprensa, no dia 17 deste mês, o Superior Tribunal Federal aprovou a medida de não obrigatoriedade de diploma para exercer a profissão de jornalista.
Será justo estudantes de comunicação social – habilitação em jornalismo passarem quatro anos preparando-se para exercer uma profissão de tamanha responsabilidade perante uma sociedade, que precisa de pessoas qualificadas e eticamente bem formadas para poder transmitir uma mensagem?
Sem falar no quanto financeiramente tiveram que investir, abrindo mão de muitas outras coisas, para dar prioridade ao investimento em produção do conhecimento, onde é base da educação. Pena que no Brasil ainda tem gente que pensa que tudo pode ser feito de qualquer jeito.
Sem falar que os cursos técnicos, não preparam o profissional da mesma forma, pois oferecem bem como diz o nome, a técnica, mas não o diferencial que cada profissional vai construindo ao longo da faculdade, onde são agregados conhecimentos teóricos e práticos, formando ao final desta jornada uma bagagem de conhecimento que será levado para o mercado de trabalho e conseqüentemente repassado ao público. O que será do jornalista daqui para frente, se antes já se submetiam a trabalhar e receber inferior ao piso salarial, pela grande demanda de profissionais e a pouca oferta de mercado de trabalho?
Imaginem agora com a concorrência ainda maior de pessoas que simplesmente vão se dizer jornalistas, sem tem o mínimo de preparo, tirando o emprego de quem se esforçou e se dedicou durante muito tempo para poder receber o título realmente de jornalista.
Esperamos que o nosso lugar ao sol esteja guardado nas empresas de comunicação, de forma que continuem exigindo o curso superior para contratar o profissional, selecionado e dando oportunidade para o mais bem preparado.
O restante no momento tanto para estudantes de jornalismo quanto para aqueles que já estão formados, é aguardar para ver o que vai acontecer e fazer o que a gente sabe, transformar os acontecimentos do dia-a-dia em notícia para informar o maior número de pessoas possíveis.
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