Richard Tagliari
O termo sustentabilidade nunca foi tão discutido como neste início de século XXI. Está na moda, está na mídia. Do dia para a noite milhares de pessoas viraram defensoras públicas do meio ambiente, dos animais, dos rios, do ar. Papo furado, muita conversa e pouca ação. Alguém deixou de ir trabalhar de carro e optou por transporte coletivo ou uma bike? Diminuíram o consumo desenfreado de produtos descartáveis? E você trocou as lâmpadas da sua casa por aquelas branquinhas tri-econômicas?
Infelizmente estamos a anos-luz de um planeta sustentável. A fome e a miséria estão presentes diariamente na vida da maioria da população terrestre, e enquanto essa pobreza crônica não for erradicada, as outras ações se tornam isoladas e o efeito é pequeno. É como ter coleta seletiva no centro da cidade, e nos bairros, nas favelas, nem coleta ter e o esgoto domiciliar ir direto para água dos leitos, que depois a gente trata quimicamente e bebe tranquilamente.
Ultimamente muitas empresas começaram a investir no segmento ambiental. É louvável, uma grande iniciativa, mas antes devemos lembrar que as mesmas grandes corporações são as maiores poluidoras, portanto é o mínimo que elas devem fazer. E porque não fizeram antes? Porque agora é economicamente interessante, é o futuro, as pessoas estão comprando mais produtos “ecologicamente corretos”, as garrafas de Coca Cola agora vão para um lugar mágico e não mais para trancar as bocas de lobo e inundar as cidades.
Suprir as necessidades da geração presente sem afetar a habilidade das gerações futuras de suprir as suas. Isso é desenvolvimento sustentável, isso é o que nunca existiu e vai demorar a existir.
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